O sangue do poema

Data 10/11/2013 21:40:00 | Tópico: Poemas

A suavidade desperta-me,
os sentidos
quando os violinos dançam
na ponta dos dedos,
voam de mim, os olhos!

A emergir do silêncio
entre notas musicais;
nas cordas, que se enrolam,
na madeira polida, reconstruo
os sons, rasgados dos ruídos
onde os rios se escrevem...

Na água, que me balança
tudo é trespassado,
nas colinas escondidas
no leito do sol,
o mundo muda
nos mesmos olhos!

No celibatário
onde, sei caminhar
na noite que as frases esquecem
o violino, chora ao lado do piano,
as páginas silenciam,
o cansaço, na confissão
de tocar, o sangue do poema!



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