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 (Des)ilusãoData 11/11/2013 09:57:20 | Tópico: Poemas
 
 |  | Saiu hoje o resultado fatal quase até imoral Que queimou dentro de mim a ambição
 De puder crescer moldando a palavra
 Como quando a vida em nós escava
 E não encontra qualquer solução
 
 Tantos sonhos, criados em finos contornos
 Enleados em tecidos de fino cristal
 Que agora padecem sem grandes adornos
 Morrendo porque morreu também o seu ideal
 
 Este plano mortal que causou a (des)ilusão
 que enevoou os sentidos e rasgou a minha alma
 bem que precisa de um estado de C(Alma)
 que liberte o sonho e iluda esta fria prisão
 
 Pois perder pode não ter a ver apenas comigo
 Com as formas e cores escritas, exudadas por mim
 Em gotículas de líquidos espessos que por fim
 Borram a página de mais um capítulo da vida
 Que a (des)ilusão absorve trazendo-me a desdita
 
 Mas o sol que brilha ostentosamente no céu
 Esforça-se por remover da minha alma, o breu
 Retirar estilhaçando o feio e grosseiro cinzento
 Que agora alimenta todo o meu desalento
 
 Não quero mais viver assim, perturbado
 Privado da guia que me traz da vida, a alegria
 Afinal não passa de um…mero, vulgar resultado
 Que não define nada, nem traz valor acrescentado
 É apenas parte desatinada, fonte geradora de agonia
 
 Porque a ilusão que faz parte da desilusão
 Partilha com ela a visão, de fazer parecer
 Que tudo de bom nos vai acontecer
 E ao fim ao cabo, no final, é apenas uma sensação
 Que apenas causa celeuma e confusão
 Que nos suspende e nos contêm a mão
 
 Saiu hoje o resultado fatal quase até imoral
 Mas já estou agora com ele conformado
 Pois limpei a minha alma ainda em pedaços
 Cheia de momentos bons, infelizmente escassos
 Que pelo menos deixam-me mais animado
 Que chegarei a vencer a des(ilusão)  no final
 
 E para quem sofre e sente a dor dela bem presente
 E as minhas palavras não unguentam e harmonizam
 Foi porque a ilusão vitoriosamente ainda se sente
 Os ânimos ainda estão acesos, camuflando a razão indiferente
 
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