Canções das noites insones

Data 18/11/2013 03:33:48 | Tópico: Poemas



"... Plexo dos vagos pensamentos gravados em rútila paisagem,
perdidas todas cores, desbotavam como frio cenário lunar..."
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Canções das noites insones



Tantas eram canções entoadas nas longas noites insones,
quando todo o amor que era permitido aflorava aguerrido.
A menos de dois beijos eram tantos não seguidos cânones,
lamentações, queixumes silenciosos, sem qualquer alarido.

Plexo dos vagos pensamentos gravados em rútila paisagem,
perdidas todas cores, desbotavam como frio cenário lunar;
regozijo de num somítico de amor relutando seguir viagem,
avaro em se doar, perece só lamentando ter que se afastar.

Ledo me quedo em reflexões, imerso em pueris conjecturas,
prolóquios se a existência desbotada tomará novo um rumo,
atrelada a uma resposta quiçá das perspectivas mais puras.

Súbito regresso anuído terá expurgada a tristeza da vida,
tudo volverá como no princípio, os feitos terão um prumo;
então perco-me em anelos afastando qualquer despedida.



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