ANTE A TAL PRATICIDADE.

Data 20/11/2013 12:28:48 | Tópico: Poemas -> Desilusão

Se desejas ouvir as minhas queixas,
Em pronuncias que parecem desabafo,
Entre portas que se abrem e não fecham,
Em lençóis que nos remetem ao espaço,
Acreditas pois também gosto dos tuas,
Ao dizer-me que na vida sou imprestável,
Mas arranco de você muitos suspiros,
E transpiramos num amor acalorado.

Os pensamentos divergem,
Ante a tal praticidade,
Corpo e alma não convergem,
Remontam incapacidades,
E assim um ser moribundo,
Quer ser igual a todo mundo,
Mas batem as temeridades,
Levando o homem ao desfeche,
De uma perca das vontades,
Num diagnostico resumido,
Este cabra está é lascado.

Num piscar a vista turva,
Ficamos sem acuidade,
Daí a visão futura,
Não tem mais serenidade,
Portanto acalme as pestanas,
Pois as piscadas profanas,
São danosas de verdade,
Mas quando nada se enxerga,
Todas elas se albergam,
Nos ditames das saudades,
Que faz o ente morrer,
E aumenta o seu padecer,
São traços da crueldade.







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