A porta que eu julgava entreaberta

Data 03/12/2013 22:55:25 | Tópico: Sonetos

A porta que eu julgava entreaberta
Aos poucos, devagar, se vai fechando.
Eu vou metendo o pé, mas até quando
Suporto esta dor que me aperta?

A frincha era pequena, é verdade,
Mas mesmo assim de lá saía luz
Que dá brilho aos meus olhos, me seduz
E dá fogo à paixão e à vontade.

Sozinho, no escuro, eu cá fora
Adio a decisão de vir embora
E olho para a porta com ternura.

Depois eu me alegro, esperançado,
Nem tudo está perdido ou fechado,
Há luz que ainda sai da fechadura.



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