[funâmbulos, demóticas, capitoso ou cálice, acaso, esfaimada, lacunar, esbrasear, e porque não romã?]

Data 04/12/2013 20:06:04 | Tópico: Poemas

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[funâmbulos, demóticas, capitoso ou cálice,
acaso, esfaimada, lacunar,
esbrasear, e porque não romã?]


,repentinos os cinzentos inconstantes,
povoados por águas sopradas sem destinos

apenas vindas do longínquo que se suspende algures,
ventanias embalam gigantes que emudecem silêncios
descobertos a mar por aquelas rochas pontiagudas,
ali mesmo,

as que se cruzam a estibordo, ameaçadoras,
,falta o amar, dir-me-ás.

Saber-te-ei em descanso profundo,
[as letras iniciais ficam maiúsculas num repente].

Encontro a nudez das ondulações calando-me para ouvi-las,
Como se navegar silenciasse tormentas,
Recordações,

Pudesse eu esquecer palavras, As,

Ou o perfume das violetas tardias numa prece desfeita pela preamar,
Redenção completa, total, final, morte Seja.

Sossega-me o coração dos tempos já idos.
Deslizo-me.

[por fim],

Sossego-me, apenas por hoje,

[em ti, meu amor].


(Ricardo Pocinho)




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