Aproam pelo sotavento algumas violetas nos vales adormecidos

Data 20/12/2013 17:12:14 | Tópico: Poemas

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Enquanto esqueço as palavras por esses mares desconhecidos
Aproam pelo sotavento algumas violetas nos vales adormecidos
Ou em silêncio como dirias colhendo as sombras
Que um dia se afundaram sem despedidas.

Enquanto se aproximam ondas gigantes que tapam horizontes esquecidos
Ou desconhecidos
A Preamar limpa pegadas que ficaram esperando
Os regressos das primeiras chuvas

Sem sinais [regressos de alguns retornos]

Cansam-me as chegadas repetidos os soluços,
Repetidos os gestos das gentes os nossos.

É na praia que adormeço profundamente sem sonhos
Enquanto longitudes se despedaçam pelos primeiros ventos norte
Falar-te-ia das viagens do ranger da madeira Apodrecida
Ou dos gritos de pavor de homens heróis por uns minutos
Enquanto o choro das mulheres de negro inundava areais desertos
Apenas espuma apenas ondeares apenas cinzentos.

Liberta-me de ti por esta única vez
Enquanto a âncora é recolhida e me faço ao mar
É tempo


Como ondas do mar esperando pelos passos
Sem Poesia.


(Ricardo Pocinho)

Desejo a todos os que por aqui e por ali passam, voam ou navegam, um Natal carregado de Alegrias.
Assim Seja.
Obrigado.



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