Terra Devassa

Data 21/12/2013 20:50:40 | Tópico: Poemas

Abro lentamente a janela e vejo
O vento a correr em plena madrugada,
A lua é minha eterna e infinita namorada,
A noite, um átomo que alucina meus desejos.

O mundo é a inspiração que me incita a descrever
Os torvelinhos e a bonança do choro e do riso...
A vida, a luz que alumia as trevas e o Paraíso
Das fontes que derramam sobre a Terra o viço e o prazer.

Na seara da manhã percebo que uma lágrima de dor
Pranteia a desilusão de um universo sem cor
E de um sol que maltrata a seca caatinga...

O dia é uma inóspita vertente sem várzeas
Que tapeia as horas na crueldade das marchas
De um cenário póstumo que em mim respinga!





Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=260555