Orquídeas esperando a brisa do sol escondido (Cobre-me com o frio intenso)

Data 06/01/2014 19:43:50 | Tópico: Poemas

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Quando pouso no abismo que me atrai o Mundo
Ausentam-se repentinos frios entregues a esses Abraços
Em que confio

Deslumbro-me por estas evasões
Manhã póstuma labirinto infernal de parques feitos de
Ondulações despenteadas revoltas do Inverno no mar
[Inferno vivo]

Entrego-me assim pelos promontórios que
Mudam teus Olhos cansados de tantas
Longitudes longas
Longe

Inventas horas sem interrupções desnudadas
Pelo espaço em volta como os passos incertos
Jamais se cruzando

E

Transportas-me sem perguntas ou ais perdidos
Por esse respirar mais intenso do momento Eterno
Pacto que se sela sem cavalos loucos ou
Orquídeas esperando a brisa do sol escondido

Cobre-me com o frio intenso
Do calor deste mar parado chão
Despojo-me finalmente

Sabendo-te

Existência

[Apenas].



(Ricardo Pocinho)



“Alguém te cobre com o frio
Entrega-te nesses braços, confia –
Sabes que é o abismo”

(“[Como um punhal, de noite]” Nuno Rocha Morais)



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