Sonhos Perpétuos

Data 07/01/2014 16:29:51 | Tópico: Sonetos

Minha fronte nua a beira de um espanto
Espetáculo infantil de um olhar ausente
Preso no silêncio escuro e em pranto
Aceita em tempo o seu ente presente

Fragmentos mil, em ruínas seu encanto
Desanuviando um corpo nu e carente
O disfarce que lhe escorrega o manto
Real que visível me aparece à frente

Sonhos virgens perpetuados na ilusão
Do regresso que se faz, além e infinito
Quando diverge com a voz do seu grito

Ecoado no poema ausente de paixão
Em que os versos anestesiam o espírito
Mortificando as lembranças no escrito



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=261370