
Bênçãos Celestiais
Data 07/01/2014 19:18:53 | Tópico: Poemas
| Temperatura alta, calor intenso...
Pelos poros de minha pele brotava suor E, num desespero maluco, escancarei a porta
Da sala e ganhei o jardim, solitário... Abri a torneira e, mesmo vestido, Tomei da mangueira e permiti a água inundar-me o corpo...
Alívio! Totalmente encharcado, sentei-me Num banco de mármore. Olhei para o alto E vi que a noite brilhava sob os raios De uma lua cheia cercada por nuvens brancas...
O firmamento trouxe-me a antítese do momento... Enquanto eu ali estava a saborear profunda paz, O mundo à minha volta ardia em fome, miséria, Guerras... Na ambição sem limites do homem O universo plainava sobre maquiavélicas ondas de terror...
Suaves lágrimas deixavam minha face tensa... Foi neste instante que percebi algo diferente no céu. Como por encanto o calor cessou e comecei a ter arrepios, Pois, vislumbrei que as nuvens se tornavam esferoides E, dentro delas, desvendei anjos que tocavam sinfonias...
A melodia celestial arrebatou-me de embriaguez a alma E pude entender o significado excelso daquela visão: Era uma reposta aos meus indeléveis pensamentos... Mais e mais nuvens surgiam e, apesar de ser noite,
O firmamento tornara-se azul... Nunca o vira tão azul! Harpas celestiais cantavam a justiça do reino no além E a mensagem era clara: a concórdia é dos homens também!
Por mais desnuda que seja a injustiça humana, Dia haverá que serão banidas para sempre as coisas profanas...
Subitamente observei-me enxuto e meu olhar estava seco de amor!
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