... à margem da razão de qualquer ser

Data 07/01/2008 18:34:01 | Tópico: Poemas

Crescer nas tuas mãos, amado,
flor de um tempo inacabado ou protelado,
fruir em frutos suculentos de ternura e de prazer
quando me tomas e encetas
voos sem margens à margem da razão de qualquer ser.

Partilhar de mim
clareiras prata e dunas equidistantes,
e receber mensagens ondeadas no teu corpo
em latitudes polifónicas e delirantes.

Ser tua, num quarto sem tecto e sem paredes,
diva em palco,
molde ardente em que repousa primitivo barro,
modelo imaculado duma aguarela pungente de cor
e dormir serena, no teu peito, depois do amor acontecer.


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