Predestinações

Data 15/01/2014 13:22:00 | Tópico: Poemas

E se o vento rasgar todos os implantes, frequentadores de uma ordem desequilibrada, e os desfilar farrapo a farrapo, no chão que pisamos?
Calcaremos todas as sobras desse malefeito, que enquanto não cega, cada um de nós, vai sendo remendo em trapo a cobrir os corpos gélidos e travestidos, amantes das noites que nos afogam nos seus silêncios malditos?

Já esta espera, é por fim, o fim predestinado a ser vento a soprar em todas as direções. Mas, se o tempo renegar este meu fim, serei então mais um daqueles espantalhos, a enfeitiçar o ar que respiro.

Eis que mais um evento acontece! Inspirarei então a nova ordem de todas as coisas, naturalmente indiferentes aos padrões canonizados e exaltadas no fim de tudo.

Dakini - Eventos2014


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