ESCRAVIDÃO

Data 16/01/2014 20:52:56 | Tópico: Poemas

Ódio, humilhação, maldição
de rastos, sem direitos
com a saliva escorrendo
na sombra ameaçadora
do rancor.

Desejo repugnante
possuir pela violência
dor nos olhos baços
perdidos nas trevas da noite
vidrados no mofo do nevoeiro insolente
sujo do nojo da praga
sangrando na água fétida de vermes.

Pele arrancada
carne em chaga
no esquecimento, na indiferença
punição no corpo
papel queimado
causticado a latejar.

Cantoria de dor
sofrimento
silêncio que apetece romper
com um imenso grito de estertor

Cega, golpeada
nos sentimentos
carne espumando em sulcos purulentos
lágrimas que escorrem
e entram pelo canto dos lábios
na dor da mutilação da alma

Último vigor a esperança
brisa musical que leva
sustendo a emoção
das unhas cravadas na terra seca
duro chão fervente
olhos turbados
ensandecidos de luz

ENFIM LIVRE!!!



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