
Cidades Fantasmas
Data 19/01/2014 21:34:07 | Tópico: Poemas
| Meus ouvidos se tornam toscos diante da surdina Que vocifera grilhões numa sociedade masturbada Pelas cantatas sinfônicas que fazem das encruzilhadas Palcos onde leis apócrifas dominam as esquinas...
Meu olhar se turva perante esta obesidade Que não alimenta a verve de que o social precisa, Mas incha de gordura todos os mananciais de pesquisa E traduz fraudulentos retratos que mapeiam as cidades.
Maquetes que dão às ruas aparência de grande porte, Mas que escondem furtivamente o selo de uma sorte Que são pelourinhos maquiavélicos de assaltos e drogas...
Meus pés estão fadigados pela correnteza do apontar, Minhas mãos dormentes caem ilesas pela força do ar Que esculpe molduras de coletividades retrógradas!
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