Censura do Tempo

Data 21/01/2014 13:34:47 | Tópico: Sonetos

Final de tarde e o céu triste chora
Ouço a distância pulsar teu coração
Pelo vento que vagueia mundo afora
A saudade num poema de paixão

Um poeta sonha o que a alma recorda
Passado que insiste ser presente, então
Perpetuado no tempo, vivendo a hora
O amor que o destino faz ser seu brasão

Intensidade sem cura, desenha a loucura
Quando em vão, procura em cada rosto
Olhos da essência que no instante perdura

Cotidiano pagão em dimensão e espessura
No ciclo amargo envelhecido por desgosto
Despejando a lágrima por viver uma censura



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