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 Tristeza que me consomeData 23/01/2014 13:22:05 | Tópico: Poemas
 
 |  | A tristeza que me consome Vem de dentro, bem fundo
 Dói como fosse a própria fome
 Que nos alheia e cega-nos do mundo
 
 Irrita-me estar assim possesso
 Desfasado de mim próprio
 Ansiando o fino sono, onde esqueço
 Onde por fim, encontro o meu ópio
 
 E nos sete planos mortais
 Onde a fortuna precede a pobreza
 Procuro-me a mim entre os demais
 Despojado de tudo, exceto da tristeza
 
 Ela que teima em não vacilar
 E nunca por nada recuar
 Castiga-me a cada respirar
 Fazendo-me suspirar, transpirar
 
 A tristeza é a maldição
 Que escurece a minha visão
 Que torna menor o pensamento
 E Condiciona cada meu movimento
 
 Mas fui eu que a chamei
 E nisso sem dúvida pequei
 Pois tão depressa ela chegou
 E o meu mundo logo parou
 
 E nem adianta gritar ou chorar
 Ou aliviar-me a praguejar
 Resta-me apenas esperar
 Para algo de bom me encontrar
 E para longe a tristeza soprar
 
 
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