No pormenor de um nada ser...

Data 29/01/2014 15:29:02 | Tópico: Poemas

No pormenor de um nada ser
E gostar ainda assim de viver
Preciso-te no amanhã
Para te ler os olhos
E contigo aprender
A caminhar nas letras do deserto
Letras que deixam pegadas
Seguem quem quiser...
Preciso-te em minha busca.

No redondo da vida
Numa osmose e simbiose do existir
Nas hipóteses que perturba a mente
Como joia preciosa te guardo em mim
No guarda joia do firmamento
Te recheio de nós
Na doce canção da vida...
Te guardo no escrínio de mim.

Não quero acordar
De um sonho não sonhado...
Quero ir a um lugar no meio do nada
Andar pelo firmamento
Onde moram as estrelas
No embrionário estelar...
E te encontrar.

E buscar a estrela
De mais intenso brilho
E coroa-la com meu desejo
E beijar-te as mãos
De onde provém a minha inspiração...
As tuas que se diz nada
E o teu nada é tudo em mim...
Tudo-nada-nada-tudo-em-mim.

No pedregulho do meu peito
No paralelepípedo que
Ladrilha teus pés
Em minha direção
Nas pegadas deixadas
No deserto-de-mim
Faz de mim os degraus para subir
Ainda que eu seja somente chão.























Inda fosse uma farsa que pareça
Mas morte que vida,
inda em vida sangra em aberta ferida
inda que falsa (depressão),
se sente a dor deveras
quando penso a levo a lejo
o degredo de mim.

No medo do sentir
a esperança que em meu peito
se abre em achar
que teria um lugar no teu,
Adeus!!!
No transbordar do peito meu.





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