
E eu viageiro de mim...
Data 02/02/2014 06:28:10 | Tópico: Poemas
| Tenho pressa de não ter distâncias, de me encontrar frequentemente no remanso da minha mansidão.
A espontaneidade é que me guia pelo imprevisto dos caminhos rumo a uma qualquer direcção…
No tempo no espaço que traço num frenesim, cá dentro no pensamento num encalço fora de mim.
Por sendas e veredas me comovo Num espanto de vida e de magia, neste bem querer, de navegar…
(Por estradas calcorreadas e gastas não há mais nada para inventar…)
Principal, é a boa companhia é um bom senso comum na atitude de caminhar. Perceber que os ensejos me levam a qualquer lado, e eu sou de qualquer lugar. (Porque o meu destino é não ter destino nenhum.)
Imprescindível, é o chegar… É o regresso acolhedor e aconchegante. Onde bem longe da minha incoerência preciso pôr a salvo qualquer imprudência. Aqui onde tudo acontece, ora e doravante.
Onde deambulo em ti num doce adejo, a esmo dessa inocência premente e nua, dentro do teu mais apetecível desejo, onde por ti me perco, em ti me desfaleço e por ti renasço, de uma carícia tua.
Onde se afigura, que nada é impossível, neste cosmos cingido pelo sol e a lua.
(Rui Tojeira) In - Entre Ventos e Marés
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