Entre Ventos e Marés

Data 02/02/2014 17:49:15 | Tópico: Poemas

Não delates nunca o que vejo
se abarco os sentidos no olhar!
O que pressinto e que antevejo
é muito mais do que o desejo
de que só eu consigo imaginar.

Sente o rumor desses silêncios,
que serpenteiam suavemente…
Eu sou o fio manso da corrente.

Sou coração de imensidão de mar,
sou olhos de chuva a transbordar.
Sou esboço mesclado e abstrato
escultor de sonhos em rochedos,
actor principal dos meus segredos.

Desenho palavras de lés a lés…
E construo castelos de areia
perdidos entre ventos e marés.

(Rui Tojeira)
in 'Entre Ventos e Marés'


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