TALVEZ VOLTES

Data 03/02/2014 19:36:14 | Tópico: Poemas

TALVEZ VOLTES

Harpas e liras soaram pelos confins
duma terra que gemia de desejo,
papoilas, cravos, rosas e jasmins,
desabrochavam ao primeiro beijo.
E renascias Fenix no mar de lume
rolando-me na boca o teu perfume.

Os sinos tocavam numa correria,
as pombas doidas batiam em retirada,
o amor entre dois corpos á luz do dia,
acontecia,
numa dança sensual e delicada.
A água corria,
transparente,
e o meu olhar te pedia,
que ficasses pra sempre!

Não tive medo da bruxa nem do papão,
mas tive medo de não saber amar,
doi tanto...quando se parte o coração,
nunca fica igual, depois de se colar!
Porém, naquelas pedras de estandarte,
silencios seculares de sabedoria,
aconteceu...foi obra de arte,
o amor que fizemos, á luz do dia.

Ainda te espero no pego das cancelas,
como uma semente espera germinar,
á noite, na varanda das estrelas,
peço-lhe, a elas,
que me devolvam o teu olhar,
talvez voltes, quem sabe?
Talvez voltes...antes de ser tarde!

03-02-14
Beija-flor




Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=263101