Vento

Data 05/02/2014 01:53:19 | Tópico: Poemas

O vento soprou entre as nuvens e naufragou
Dentro de um penhasco de profunda solidão,
Diante da intensa correnteza teve de si compaixão
E se transformou em vagas para evitar a dor...

Cambaleou por entre pedras e atingiu o cume
Da aventura rodeado por infernais precipícios,
Voltou a soprar lento para afastar homicídios,
Mas novamente despencou e não ficou impune...

Magistralmente ferido, pranteou saudades
De ver-se livre e de comandar as tempestades
Que carregam em si o dogma das destruições...

O tempo o reabilitou perante suas cicatrizes
E, assim, copulou e fecundou brisas felizes
Que aprenderam tão somente a refrescar corações!



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=263210