Que coisa

Data 07/02/2014 18:08:09 | Tópico: Poemas

...não olhei diretamente pra ela, não queria que visse nos meus olhos dois embarcadores de sonhos sem ela. Ao me tocar, como quem afaga um passarinho, ia sem saber, recitando receitas pra minha felicidade. Que ao esquecê-la daria ao tempo um espaço que ela não mereceria. Sob a marquise, enquanto partilhávamos a fuga da mesma chuva, esperei que seu coração, em seu costumeiro frenesi, desse uma chance pra mim. Mas não, não se pode enganar os que arquitetam os encontros, alguns são eternos, outros nem dão tempo pra dizer que pena.


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