
Horas Insossas
Data 09/02/2014 20:35:05 | Tópico: Poemas
| Nesta folha despencam lágrimas de ciúme Qual tocha que percorre lugarejos de solidão! Sinto-me deserto, vejo fogo em meu coração Que queima tapetes persas de minha juventude!
A saudade é um balaio de sentimentos, overdose De desejos trancafiados no íntimo de um cofre Onde as sensações pululam em afrodisismo de amor!
O tempo se esqueceu de retirar-me da marcha ré E igualmente me ignorou das confidências de outrora, Todo meu pranto é vassalo que aqui atiro fora E nos bueiros públicos não há uma gota d’água sequer...
Anestesio-me no choro que fere minhas cicatrizes E nesse tom de nostalgia as horas se tornam atrizes De um palco aveludado pelo protagonismo da dor!
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