Alma dilacerada fugindo da provação daquele amor

Data 22/02/2014 02:39:31 | Tópico: Poemas

"... Enfim, uma existência desbotada, há tempo embaçada,
a alma dilacerada sequer entusiasmo, só comiseração..."
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Alma dilacerada fugindo da provação daquele amor


Rasgado de um amor - aquele que aquecia o sangue,
restou existir mortiço, sequer um estremecimento.
Pálido e magro, as alegrias extintas do olhar exangue,
ora triste figura, dá pena, asco, sou digno de lamento.

Enfim, uma existência desbotada, há tempo embaçada,
a alma dilacerada sequer entusiasmo, só comiseração.
Iguais todos os meus dias, desde então desenganada,
aguardando ansioso a morte, impossível uma redenção.

Querendo ser livre, sempre mantenho as mãos cruzadas,
são tremulantes pensamentos, vida confusa, maciço pesar,
desde que carrego amarguras, estão no peito atravessadas.

Relhos de luto estalando, assobiando, tanto sofrer sem fim,
não poderia aceitar, nem entender; Não podia mais continuar!
Decidida subiu à celeste abóboda: - Ela apenas fugiu de mim.







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