INSENSATO

Data 10/02/2014 23:06:55 | Tópico: Poemas

Amanheceu em minha alma
Como aurora na tempestade
Imagina-se sorrateira
Nasce verdade

Arrebata em minha mente
Fera timidamente selvagem
Devora minhas vísceras
E me mata na saudade

Tonteando meu abstrato comportamento
Reinventa-se na liberdade
A distância que não existe
E que nos prende à vontade

Tateio teu sorriso em movimentos lentos
No desejo de desbravar-te
Me faltam as velas içadas ao vento
Flutuando em campo árcade

Se me perco em profana caminhada
Teu norte aponta o meu sul
Vagueio com meu sol
Te perco em noite de lua azul

Ergue tenda sobre meu corpo
Pictograma a tua arte
Escorre de mim o veneno
E replanta minha metade

Sem embaraço
Me prende em teu abraço
Inquieta fico
Esqueço o meu amigo

Declaro no som do silêncio
De tom em tom repenso
Conforto na lâmina afiada
Engulo o meu pensamento

No compasso da hora marcada
Um intervalo de felicidade
Queria expor a luz
Romper os grilhões, cortar esta grade

Agora há um olhar em teus olhos
Caos refletido
E se me aproximo
Parece que te intimo
Misturo macro e micro
Não se perca
Esqueça, é forma criança
fugindo da própria esperança


E quando doce repousa tua cabeça
Sobre o leito de minhas pernas
Escorro a mão pelos teus fios de preocupação
Não penso por um momento
Escolho crer
Poder te dar como morada
Meu tenro coração
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