
Espinhos da Madrugada
Data 17/02/2014 02:03:47 | Tópico: Poemas
| Não tardo em recolher meu último sono Constrangido pelo secular concurso da insônia, Meus olhos abrem e fecham sem qualquer cerimônia E na noite pedaços de angústia soam como escombros.
O silêncio perscruta minha agonia e caçoa da vigília Que me abate sob os silvos agudos da mortalha, Sonho acordado com navios piratas que encalham Nos bancos de areia formados por colossais ventanias.
O tempo parece estático diante das horas que não andam E no remelexo do corpo sobre a cama os lençóis reclamam Do suor que ensopa minha pele carente de umidade...
Da tortura noturna herdo no amanhecer a fadiga Que pesa toneladas dentro da insensatez que me obriga Vez por outra cochilar nos balcões sonolentos da liberdade!
|
|