PELA CHUVA NO DESERTO

Data 17/02/2014 21:40:49 | Tópico: Poemas -> Paixão

Num pleonasmo repleto da aquarela do sentir
No tempo, no espaço e aonde ir...
Um sentir que me dá força para prosseguir
Num ousar a possibilidade do amor plantar
A rosa que no deserto do ser
Se faz renascer...
E se me chamas de amor
No motivo e no momento certo
Estamos juntos tenho certeza
Ainda que a distância seja muita
O sentir faz a ponte
Na corrente que se agrega
Na perfeita entrega
Na vida que é breve
E n'alma que é vasta
E nos faz transcendente
Na vertente do amar
E nos faz escalar a apêndice
Do livro da vida
No atravessar-te as membranas
Do teu coração, no deserto de sal
Desbravando cada músculo
Transformando o areal do meu ser
Em um belo jardim
Que impera a flor-amor
Que em meu peito recostou...
E me fez amar-te
Na mais imperfeit'arte
Que é a minha poesia
Nascente no teu colo
Buscando a tua raiz
No meu coração aprendiz
De um amor sem simetria
Sem mensura dos dias
Que os olhos teus se fazem
Marquises de um loas
Suturando cicatrizes...
E, em teu corpo quente
E indecente sentir-te
Vibrar freneticamente
Em meu ventre nu
Que me concebes
A deliciar o meu prazer
Da boca tua nua e crua
A me desejar tua
Beija-me e provocas
Os jardins exóticos
Das minhas mãos de menina,
Saiba que tua menina
Estará sempre aqui.







Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=264007