
Sentem-se sempre as maiores ondas antes de tudo
Data 17/02/2014 18:44:58 | Tópico: Poemas
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Persiste o som da quebrança batendo como Estrelas na madeira inchada sufocada um dia Grandiosa
E mesmo que me habitem as distâncias Sem pousos por perto O sonho terrível do abanar de um lenço branco Vivo Sempre me lembra o acordar arrastado pelas correntezas De um furacão incansável Repentino.
Fogem-me do controlo os simples passos em volta O incenso que se mistura com as correntes do ar mar Lembrando as crinas de cavalos a galope Como o som das alfazemas contra a noite Empurrando Os grandes espaços de portas e janelas vazias Noite adentro.
Que posso fazer então?
Sentem-se sempre as maiores ondas antes de tudo O que nos envolve
Falas-me do sexto sentido como se o adormecer De uma criança fosse uma amendoeira em flor Pelo inverno piedoso Segredos Libertados
Tanto tempo perdido.
Ouço-te pelo desesperado toque indelével de um Arco-íris apressado procurando adormecer
Faltando o brilho boreal de uma Ave veloz Aprisionada num precipício Refreando os passos
Que me destecem.
Sempre.
(Ricardo Pocinho)
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