Que se vá então...

Data 10/01/2008 13:22:41 | Tópico: Textos

Deito-me, absorto de mim
E de pouco calha gritar ao silencio
As paredes não respondem
O branco de outrora
Torna-se cinzento
E sendo assim,
Não há-de saber o que tenho.
Despõe-te a noite e levantas,
Dizes que vais sem voltar,
Se embrenhar por entre as luzes
Vai se perder numa outra vida,
Oiço tudo, calado, recostado
Dado a desesperança que me é tanta,
Mas por ti não ei de gritar,
Não lhe pedi para que viesse
Assi, não ei de pedir para ficar.
Se queres, a chuva do desgosto é serôdia,
Habituei-me a goteiras, que me afogam...
Já me apetece o seu gosto.




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