
Rio Chorando
Data 10/01/2008 14:04:44 | Tópico: Poemas -> Introspecção
| Mordendo as prórias patas desapareço. Materializo-me tal qual geada num pára-brisas. A escolha não sendo minha ou dele,mero produto de frias brisas e outras circunstâncias. As muitas águas bebidas sem sede matarem. As sedes, muitas, que água alguma saciará. Uma tristeza pacífica invade alguém e o Rio Chorando voga plácido. A Vida não o É sem a Morte. Vivendo na ilusão duma vida que só Eu Vejo. Apenas aqueles que vivem fora merecem entrar em Mim. O fel contamina o mel e a vida tem mais graça. Minímo esforço para máximo lucro! Fará isto sentido? Abro a boca do inferno e todo Eu surjo resplandecente. Cerro os lábios e a minha ascenção é tão mais rápida... As minha palavras nunca o foram....minhas são as que não digo a ninguém. E se em mim não acreditar como crer em tudo o resto? Quem sou eu?Mentiras do meu Ego?Ou vim para ficar? Mato-me por momentos para ver a Verdade. Apenas os sonhos restaram para confirmar a Verdade. Só queria ser uma palmeira naquela ilha.Esquecendo sentidos e razões apenas Sendo. Não podendo fugir ao meu aumentar de influência aceito as consequências da minha existência. Rodeio-me de amigos, cuspo para o ar e faço cara feia. Venero a minha concha e fecho-me sem contemplações. Quando volto os caminhos desapareceram e estou condenado a permanecer nas margens do Rio Chorando.
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