VIII - A.P - Morte

Data 06/12/2006 14:40:00 | Tópico: Sonetos

Morte

Ao luto, ao luto ó face pálida
Cuspa sangue n'uma ardente cova,
Florida p'la treva, a n'outrora
Que alva se criou, menos cálida.

Chora pálpebra, chora que morreu
O deleite fulgor de ti, pavoroso!
Ó vida, ó morte, ó a ti, palor teu
Que na vulgata leu. - Oh horroroso!

Esmaece pele alva, morta também...
Ria lábios tortos, pr'a alguém
Que no choro vago certo morrerá

Pulsa coração, pela amada. - Amo!
Seca coração, do descabido pranto.
- Não sintas, aqui onde tu jazerá.


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=2643