Cavalos selvagens de um Roraima distante na tríade fronteira...

Data 24/02/2014 21:18:41 | Tópico: Prosas Poéticas

Galopes selvagens talhados
A sabor do vento
N'um caminhar sem destino
Sem rumo,
Sem prumo,
Se faz andarilho sem trilho.

...

Sem cela, nem montaria
Sem cabresto de dia
Pois, a liberdade impera
N'um cavalgar imenso-infinito
N'os campos verdes do Roraima
Procurando no amanhecer
Um novo El dourado
Um sentido pra viver
E continuar...
A reprodução de sua espécie.

...

O viajor que cavalga
Em seu dorso
Se faz privilegiado
Com a cor da paisagem
Que se faz verde manto
Ao encher os olhos
Imenso é o painel
Que encortinam
O grande lençol verde.

...

N'um pintar na tela fria
A vida d'antes vazia
Olhos que se perdem
Na imensidade d'alma...
Qu'acalma a emoção
De quem os ver.

...

N'um deliciar a revoada
De centenas de aves
E ouvir o tilintar
Em seu majestoso habitat
Eis os magníficos cavalos selvagens
Que desfilam no lavrado encorpado
N'os lavrados de RORAIMA.

...

És Roraima uma cidadela
Aconchegante aos que por ela passam
Depois que tomam sua água límpida
Diz a lenda que todos não querem
mas voltar a sua cidade de origem
...ficam...
pois a cruviana enlaça em seu seio.

...

E muitos querem dela prover
Pois, o ouro e o diamante
Jaz no grafite
De um Roraima distante
E, em uma floresta fantástica
Monumentos como o Monte Roraima,
Pedra pintada, serras e montes
De um manto sagrado
Que nunca se viu igual.

...

Fauna e flora rara
E uma biodiversidade
Que não se encontra
Em qualquer lugar...

...

D'onde ainda há águas cristalinas
Desde que eu era somente uma menina
Roraima já aconchegava
Em seus braços grandes e verdes.

Ray Nascimento



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