intermitências

Data 03/03/2014 18:06:53 | Tópico: Poemas

a chuva conversa lá fora
por dentro a madrugada
afoga

pensamentos inquietos
gastam o chão
a vidraça acolhe a chuva
como se pra matar a sede
de um deserto

o vento trás a poesia solitária
de voz e violão
endeusando a noite molhada.
a ponta de um cigarro imaginário
risca a rua nas mãos de um vulto
que se abriga em lembranças

e o calor da alma abraça o corpo
da madrugada


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