
Será o ar tão próximo do mar diferente do respirar dos deuses pelas claridades constantemente presentes?
Data 06/03/2014 19:06:34 | Tópico: Poemas
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Se me trespassam as nuvens mais baixas que nada trazem de novo Despede-se esta longínqua ânsia dos tormentos vazios que o Sol não consome?
Onde estás tu agora?
Em vão busco pelas margens caminhos Que partiram sem pegadas alcançáveis Mesmo sentindo os corpos frios um dia amantes
Seja-me estranha a visão plena da Noite despedida Solenemente anunciada.
Se me quero por entre destroços [que cobrem] A terra das estranhas tulipas adormecidas
Saber-me-ei perdido pelas encruzilhadas das rotas sem fim.
Observo constelações absorvendo ritos de viajantes Ou murmúrios impessoais criando o Caos ao redor das Rochas Negras Reino das sereias emudecidas por relâmpagos que inundam Um céu em chamas.
Será o ar tão próximo do mar diferente do respirar dos deuses pelas claridades constantemente presentes?
E fica sempre mais uma onda pronta para ser navegada Mesmo que a claridade cegue pela proa o homem do leme Pudesse eu reter o brilho lunar Pudesse eu apenas te beijar sem o mar por perto.
Recorda-me apenas a Vida ou a Praia nua sem horizonte ao longe Sem me dividir os passos
Apenas passos desfeitos pelas espumas Resistindo.
Onde estou eu Sem sentido?
Protege-me.
(Ricardo Pocinho)
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