Surgem sempre os gritos invisíveis disfarces de súplicas caladas

Data 12/03/2014 19:47:15 | Tópico: Poemas

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Destecem-se marés pelos areais sem pegadas
Círculos abertos das chuvas desabrigadas
Procuram abrigos os errantes os desavisados

Impressões sem sentidos invadem caminhos
Despojos das rotas acumuladas pelas Pirâmides
Palavras soltas esbanjadas aleatórias

Contactos sem o sabor a pele ou toque de Mãos
Tremulas de tantos anseios.

Surgem sempre os gritos invisíveis disfarces de súplicas caladas
E quando avisto o sorriso Saciado
Uma rede pesqueira agarra-se às rochas pregadas
Em fundo desconhecido algures

Arrastando profundidades abissais Colossais.
Musas acordam pelas frágeis ondulações à solta.

Quando te sinto por Perto sei deste Fado que me consome pelas arribas encostadas ao lado escuro celeste das noites em vigílias e renomeio as rotas que se atropelam símiles a destroços de furacões tardios Inesperados

Saberei sempre que o abismo me cobre
Com os seus frios braços

E olho-te
E renasço-me então
Mesmo que o beijo Fuja pelos primeiros ventos de Primavera.



(Ricardo Pocinho)




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