Ando sempre com o silêncio
dentro das palavras
é ele, a vida em mim
a morada, onde me sinto ancorada…

Desde o nascer do sol
ao cântico dos pássaros
na penumbra acalorada
é o silêncio;
que me abre as paisagens
pelas passagens
em que sou vida, na vida que vivo…

Não, não abandono o silêncio
ele é o mestre
onde me encontro
mesmo quando o ruído
se aloja em volta(s);
com zumbidos,
é o grito do silêncio
que os cala,
me rejuvenesce
no fénix constante
onde ardo, em alegria e dor
contagiante ardor,
de sentir a vida para lá de mim!