Poetando "O Pequeno Príncipe"

Data 17/03/2014 21:10:09 | Tópico: Poemas

O Pequeno Príncipe

De um mínimo planeta ele provinha
Cabelos dourados e espigados como o trigo
Não tinha família
Se ocupava de três vulcões:
Dois para cozinhar
Um já extinto, lhe servia de banco.
Além disso, tinha uma pequena companhia:
A rosa.
Vaidosa, egocêntrica e mentirosa.
Mas, que ao coração do jovem príncipe, falava:
Como o murmúrio da pétalas ao vento, de quem ela não gostava...

Resolveu dar um passeio, o menino.
Correu seis mundos antes do nosso.
Viu gente de todo jeito, mas, virtude não encontrou:
Eram pessoas ocupadas consigo mesmas.
Talvez por estarem sozinhas em seus mundinhos físicos e pessoais
Não haveria espaço suficiente, para ninguém mais...

O aviador a quem o menino loiro encontrou,
Tornou-se seu amigo.
Antes dele, a raposa matreira.
Porém com o príncipe, fora muito delicada:
Ele havia cativado seu coração!
A raposa olharia depois da partida do jovem viajante,
De uma forma diferente, para os campos de trigo:
Lembraria dos cabelos dourados de seu único amigo.

A amizade entre o aviador e o menino,
Deu-lhe forças para espantar o fatal destino:
A sede que já o deixava febril.
Pois no deserto do Saara, sem água,
É cruel ardil!

Entretanto, o jovem príncipe tinha uma responsabilidade:
A rosa, vaidosa.
Ela não tinha virtudes, somente beleza.
Mas ainda assim, era sua rosa.
Fácil cuidar dos bons,
Difícil gostar dos maus!
Somente uma alma pura e dócil,
Pode fazer isso.
O Pequeno Príncipe tinha.
Voltou então, de uma maneira transcendental... (ou não)
Para sua eterna companheira de sina.

Fátima Abreu



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=265802