Presságios e conhecimentos n’um limiar de dor

Data 22/03/2014 20:05:14 | Tópico: Poemas



“— “Ó turba vil, que o céu de si lançara!” —
Ao limiar falou da atroz cidade,
Donde vos vem da audácia a insânia rara?
Por que recalcitrais à alta vontade,
Que sempre cumpre o seu excelso intento,
E à dor já vos cresceu a intensidade?”


A Divina Comédia - Inferno - Canto IX








Podem sempre esperar que precisamos de você e imaginar,
mas não pode prever quando tudo vai ser jogado num balde.
Mas muitas vezes por outros pensamentos atormentado,
não transforma em realidades as nostalgias na juventude.

Nenhuma ideia há do que virá, quando a mente é poderosa, ,
mesmo se flutuará livre no céu e inteiro cairá sobre nós.
Teria voz abafada, jorrando em torrenciais palavras-fortes
desconhecido como culpado, como chuva, reviver o que passou.

Talvez não tivesse arquitetado, mas o chão sumiu de repente,
sob seus pés flutuavam nuvens da tempestade tão esperada;
os longos ponteiros. Onde estariam todos neste dia incomum?

Então, ao lado de um relógio parado mais uma vez ai está você!
Tornou-se a hora d’um limiar de dor bastando baixar os olhos,
conhecimento de presságios tantos que girando a cabeça estava.








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