ENTRA UM VENTO PELA JANELA.

Data 25/03/2014 01:28:15 | Tópico: Poemas


Entra um vento pela janela, meu pensar faz varredura, eu lembro da criatura, que me faz queimar as velas, pedindo a Deus um instante, para está ao lado dela, afagando os seus cabelos, beijando-a com muito zelo, sentindo o seu perfume, mas nada me foi concedido, até que um outro atrevido, chegou e beijou-lhe a mão, dali começou o meu drama , pois aquela formosa dama, entregou-lhe o coração, hoje eu vivo na penúria, pois só me resta uma cura, e desta eu não tenho chances, ela já pariu três filhos, e os seus olhos ainda brilham, quando fala em seu amado, vou procurar outros caminhos, me renegando aos carinhos, que outras me ofereçam, não faço sexo por sexo, ou a coisa tem um nexo, ou então bato punhetas.
Sentas comigo nesta mesa em meio a praça, sem cobertura ao relento ainda não está frio, e deixas o vento esvaziar o nosso cansaço, e então botemos uma pedra, sobre o tempo hostil, não me interessa a quem te destes antes de mim, nosso querer não tem poderes retroativos, o importante é nos sentirmos bem assim, então para que rememorar velhos juízos, podes pedires ao garçom o que desejares, o meu amor já te pertence e não se discute, tu és para mim, a maravilha dos manjares.


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=266342