epílogo

Data 30/03/2014 21:23:02 | Tópico: Poemas



ao criado mudo
deixou a peroração
descansar em silêncio.

tirou as peças íntimas
pendurando-as na ponta da
última fase da lua

não fechou as cortinas

quis que as vestes sem alma
balouçassem ao sabor do vento
como bandeiras de montanhas
hasteadas à solidão
com as pontas soltas
a chamuscar em fogacho
do firmamento

como se fosse possível
queimar arestas
sem espalhar cinzas
no pensamento.





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