
Retumba alegria no brilho dourado
Data 03/04/2014 13:28:03 | Tópico: Poemas
| “ Gente, que de brilhante cor se pinta Vemos, que a tardo passo em torno andava; Chorava e em forças parecia extinta. Capa e capuz trazia, que ocultava Seus olhos, dessa forma de vestidos De Colônia entre os monges mais se usava.”
A Divina Comédia - Inferno - Canto XXIII
##44.
Parece-me estranho, soe ser mais que emoção terna, mas entre a penumbra e o sol, há um telhado de lua. Como nos mistérios da luz que a onda quebrou eterna, não há tristezas naquelas melodias das cigarras da rua.
Quando imagino que ninguém pode dirigir com os dedos mantendo as mãos presas em fundo silêncio comiserado, volto a ver imagens como num sonho, ondas e segredos os mesmos de quando um dia caminhei na noite enlutado.
Cativo da espera cheia de desejos, agora é o momento, auspicioso anelo: o cálice da lua flava também sedento, sabendo que diáfana bailava, mesmo sofrendo por amor.
No brilho áureo em profundidade, ecoava a minha alegria, os flashes espocavam a partir do telhado, o desejo ardia; nos ecos do coração, mãos trêmulas do eterno sonhador.
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