Súbitas madrugadas

Data 31/03/2014 12:43:47 | Tópico: Poemas




E talvez hoje me possas dizer
da passagem de uma luz generosa
em que te aceitas vivo e te confundes
com as árvores da manhã.
Caíram sobre o silêncio do rio
súbitas madrugadas de primavera.
E tudo muda, o vento, o mar,
as terras alagadas. És tu a memória
do mundo, a pele das casas caiadas.
És tu o tempo do teu corpo, a raíz da tua
estrada.
És tu a folha branca e a palavra clara
em que refazes o chão onde tudo se aproxima
dos fascínios adiados dos teus olhos.


maria


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