Como se nada mais se concedesse

Data 05/04/2014 21:05:13 | Tópico: Poemas





Sentar-se na extremidade do sofá,
olhando os olhares, como se
a nada pertencesse,
como se nada mais se concedesse
que o girar dos gestos,
sons caídos dos dias sós.

Ficar calada como a noite,
inventar barcos nas pontas dos dedos,
por detrás do imaginário das esperas.

Depois, sair do corpo,
transformar a noite em tempo,
ter trajetórias e cais,
rente às palavras eternas,
às árvores,
ao vento.

maria


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