Sou dona do meu motim

Data 06/04/2014 17:20:17 | Tópico: Poemas -> Intervenção

Trago a voz embargada
Um soluço de apreensão
O peito muito apertado
Um litígio com o passado
Um presente envenenado
No sopro do coração

Não patenteei em mim
A sede de justiça e liberdade
Olhos húmidos de esperança
Num Abril feito de sonhos
Não tenho vendas nos olhos
Sou dona do meu motim

Na mão erguida, um cravo
De orgulho e emoção
Sou dum povo que proclama
O direito à equidade
Não deixei cair a esperança
De ser gente de verdade



Maria Fernanda Reis Esteves
54 anos
natural Setúbal



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