Amor Platônico

Data 06/04/2014 20:20:55 | Tópico: Poemas

Amor Platônico


ELE:

Até quando vais tratar-me desta forma,
Com tanta frieza e tantas indiferenças.
Será que fizeste disso lei ou norma,
Ou em coisas do coração já não pensas:
Dizei-me meu amor! Abra o jogo
E confessas-me que queimas igual ao fogo.

ELA:

Eu sei querido, o quanto tu me queres
E que às vezes, fazes-me agrados tantos.
E, outras vezes, com palavras tu me feres;
Fazendo com que me duplique os prantos.
Só peço-te que sejas mais compreensivo,
Pois bem sabes que é para amar-te que vivo.

ELE:

Então porque razão de mim te esquivas
Quando tento prender-te em meus braços
Tu foges, sem deixar sequer alternativas,
Sabendo que o tempo e a vida são escassos
E, em breve, muito em breve tudo passa.
Evola-se e some no ar feito fumaça.

ELA:

Digo-te novamente ó bem amado,
E te direi quantas vezes for preciso
Que, tu estás totalmente enganado
E talvez por isso é que vives indeciso.
Não fujo de ti, nem tampouco me esquivo
Porque sem teu amor, meu amor! Não vivo.

ELE:

Quem dera fosse verdade o que dizes.
Certamente, eu não seria assim tão triste,
Pois já estariamos casados e felizes
E eu poderia gritar que o amor existe.
No entanto, vivo aqui completamente sozinho
E sempre mendigando o teu carinho.

ELA:

Mais uma vez meu amor, vês se me entendas
E sossegas esta ânsia que tens na alma.
Eu só não quero que mais tarde te arrependas
E não diga que tirei de ti toda tua calma.
Se te sentes só não lamentes tua sorte,
Pois nada há de nos separar, nem mesmo a morte...!



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