
Todas as noites quando o sol morre no meu olhar viajo na escuridão qual poema maldito que às cegas destrói o relógio que o tacto não consegue desvendar mas... é na incerteza da hora que encontro a solução para a grave avaria deste meu mergulhar no tempo que se foi e nunca foi meu e que vem, em regresso (e)terno no espaço que transforma os céus em saias de nuvens em almas d´água fresca... agora ... só me falta ... naufragar !
Talvez as paternidades nunca geradas as maternidades nunca vingadas gerem filhos numa lista que em biliões de tempos aguarda o degelo para que o conforto tropical de novos oceanos acarinhe e alimente um novo dia em que todos os gerados, naturalmente, sem esforço, em comunhão, e duma vez por todas, dêem as mãos assim ... mãe, pai, filho em sinónimo de todos os nomes e pronomes semelhante de : eu, tu , ele nós, vós , eles ...
Luíz Sommerville Junior,In Luso-Poemas: 070420142311
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