Humano , Jamais será "Demasiado Humano"

Data 08/04/2014 23:08:00 | Tópico: Poemas

.



Todas as noites
quando o sol morre no meu olhar
viajo na escuridão
qual poema maldito
que às cegas destrói o relógio
que o tacto não consegue desvendar
mas...
é na incerteza da hora que encontro
a solução para a grave avaria
deste meu mergulhar no tempo
que se foi e nunca foi meu
e que vem, em regresso (e)terno
no espaço que transforma os céus
em saias de nuvens
em almas d´água fresca...
agora ...
só me falta ...
naufragar !

Talvez as paternidades nunca geradas
as maternidades nunca vingadas
gerem filhos
numa lista que em biliões de tempos aguarda
o degelo
para que o conforto tropical de novos oceanos
acarinhe e alimente um novo dia
em que todos os gerados, naturalmente, sem esforço,
em comunhão, e duma vez por todas, dêem as mãos
assim ...
mãe, pai, filho em sinónimo de todos os nomes e pronomes
semelhante de :
eu, tu , ele
nós, vós , eles ...







Luíz Sommerville Junior,In Luso-Poemas: 070420142311


.







Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=267473