a dois

Data 09/04/2014 01:11:38 | Tópico: Poemas

Penso-te:
os meus dedos não chegam para tocar-me todos os estímulos
-
fecho nos olhos os preâmbulos do amor,
encerro-te comigo neles
(nus olhos e nus preâmbulos)
e de todas as imagens voláteis
faço impressões tácteis:
Tua boca mordendo o meu nome
-é beijo.
Teu olhar brincando arco-íris
-cortejo.
O teu jeito de corpo inquieto
-é perto.
Teu amor de ternura hesitante
-é certo.
O meu sangue subindo-me à pele
-é teu.
Este instante implodindo contigo
-é meu.

E tudo o que sinto depois,
é sonho.
Não mais que sonho...
a dois.




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