Espectro

Data 10/04/2014 11:49:08 | Tópico: Sonetos

Vim de longe desterrado a este Mundo!
Tristonho, embriagado e impoluto,
meu corpo, trajando negro luto,
afogou-se num mergulho tão profundo...

Distante, ferido - venho de onde?!
Sem memória, cumpro esta pena ao nascer:
escrever, amar, sofrer até morrer,
numa vida Só de Triste Monge ...

E chora a minha dor! Dor imensa ...
Morre a minha Esperança! Morte intensa ...
Restam as palavras em meus versos!

Sou pó, vazio, miragem ...
Um espectro d'ilusão, sem imagem,
que habita sonhos d'Homens tão perversos!


Ricardo Louro
Estoril


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=267601