ausência

Data 14/04/2014 12:44:55 | Tópico: Prosas Poéticas

ausência
sem exigências, em imperfeitas reticências, o teu tempo perfurou o vento à minha volta e pendurou bolinhas de sabão. bolinhas de sabão – já se sabe – só vivem enquanto dura um olhar: os meus olhos não resistiram à imponderabilidade da luz e sete cores explodiram dentro deles. sobraram partículas de mar que me aspergiram o rosto, como quando o mar morre na praia todos os arco-íris que traz no peito. agora, há uma dorzinha de areia, sob os sete colchões onde me deito.


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=267895